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Mostrando postagens de maio, 2017

O QUE HÁ DE EFÊMERO É TAMBÉM O QUE HÁ DE BELO

Jovem, cheio de conjecturas e inquietações, sem uma noção exata do que se conspirava ao seu redor. Olhos sombrios carregando a tristeza do não pertencimento. Por vezes desgostava das coisas supérfluas, tendo tudo por vã: os bens, os valores sociais e as pessoas cuja a vida se resume na acumulação egoísta de bens, mas que no final são pobres em experiência. Foi apresentado as agruras da vida pelo nascimento: mocambo, chão batido, barro vermelho em contraste com o telhado de varas irregulares e pretas pela fumaça da cana queimando, sua genitora, a parteira, a tesoura... e eis que o verbo se fez grito! Cresceu querendo ser alguém no mundo, descobriu que como ele haviam muitos ninguéns. O universo era só uma representação abstrata, sensações limitantes do acaso, ainda assim pensou ser grande e ao pensar desvendou o mistério de existir como num paradoxo Cartesiano, ”vivemos para não morrer”, uma declaração tão óbvia, porém tão profunda a ponto de despertar o senso crítico de nosso