Crônica de uma viagem
CRÔNICA DE UMA VIAGEM Um dia antes da viagem fico numa ansiedade perturbadora, quero dormir cedo para que as horas passem rapidamente e logo raia o dia. Acordo por volta das cinco da matina, tomo banho, não tenho apetite para o desjejum, verifico se está tudo em ordem na pequena mochila. A viagem é de apenas um final de semana, não precisa levar muita coisa, mas sempre peco pelo excesso. Primeiro ônibus, Linha do Tiro, desço no Parque Treze de Maio e lá pego o Recife/Goiana, é a parte mais longa da viagem, mas também a mais prazerosa. A paisagem com imensas áreas de cana vai se intensificando na medida em que saímos da Região Metropolitana e adentramos na Zona da Mata pernambucana. Chegando em Goiana tenho que esperar minutos, talvez horas pelo Goiana/Timbuaúba – via Upatininga. Já no ônibus o caminho é mais curto mas a paisagem repetida como se fosse cópias: um imenso canavial com pequenos fragmentos do que outrora se chamava de Mata Atlântica. Chego finalmente na área distri